No meu último dia na Cidade do México, uma segunda-feira, quando todos museus ou prédios históricos estão fechados, aproveitei para ir visitar o Estádio Azteca. Um dos grandes templos do futebol mundial, único estádio a receber duas finais de Copa do Mundo, ainda por cima com Pelé vencendo uma e Maradona outra (no Maracanã teoricamente também houve duas finais , mas oficialmente em 1950 não havia uma final, e sim triangular decisivo).
Pois bem, só pude ver Estádio por fora, porque para entrar tinha que contratar uma visita guiada, e eu pago é pra ver jogo em estádio, não pra tours. Dei um giro pela área e logo saí andando pelo bairro ao redor para procurar algum lugar para almoçar.
Depois de uns 20 minutos de caminhada vi um bairro que parecia bonito e segui por ele, vi em uma placa que se chamava Santa Ursula. Logo encontrei uma portinha que dava para um pátio onde se servia comidas, coisa bem caseira e de bairro como gosto, entrei e fiz meu pedido, comida corrida de três tempos como é o “menu executivo” no México (uma sopa ou creme de entrada, um prato como arroz ou spaguethi ou salada e por último uma carne ou tacos).
Lá pelas tantas entrou um cara para almoçar e logo começamos a conversar, eu falando do Brasil, da viagem e ele dando dicas sobre lugares que eu poderia ir. Ficamos um bom tempo nessa conversa. Me levantei para pagar, quando perguntei para a señorita que cozinhava e atendia quanto devia, ela disse que ela e sua família me regalavam o almoço, para que eu seguisse viajando. Fiquei emocionado com o gesto, agradeci muito e prometi voltar lá no fim da viagem (tenho que voltar à cdmx para voar ao Brasil, mas não sei se vou poder cumprir a promessa por que a coisa será bem corrida).
Nisso, Ignácio (o cara com quem fiquei conversando), estava também saindo, já havíamos no despedido quando ele voltou e perguntou se eu não queria um cigarrillo de artista mexicano em sua casa. Não sou muito chegado mas tampouco sou de fazer desfeitas, no que aceitei. Chegando lá, depois de ele me mostrar toda sua casa e me apresentar a seu pai, subimos para o telhado, onde a vista e a brisa eram melhores.
Não tardei muito pois tinha que voltar para casa da minha host do couchsurfing, arrumar minha mochila e seguir viagem para o Oaxaca, o próximo destino, mas esse último dia na Cidade do México valeu demais como despedida, mais um encontro nessa viagem de tantos encontros.